A Bélgica assume a Presidência rotativa do Conselho da UE até ao final do ano. Em estúdio, o chefe do governo demissionário do país, Yves Leterme, enumera as prioridades do semestre.

Entrevista: 'Menos promessas, mais resultados'

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Bom dia, Yves Leterme,   Bem-vindo à europarltv.

O seu lema é simples:   "Menos promessas, mais resultados".

Acha que, até agora, os europeus   ouviram demasiadas promessas,

ou a Bélgica   quer manter-se muito discreta?

Queremos corresponder   às expectativas dos cidadãos.

Os europeus estão fartos das promessas   pouco realistas dos políticos.

Daí pedirmos menos promessas,   concentremo-nos nos resultados.

a nossa presidência   terá cumprido os seus objectivos.

Todos perguntam   como é que conseguirá

Não estará   à minha frente nessa data.

Estas são algumas críticas   que surgiram no plenário.

Ninguém é insubstituível.   Um dia terei um sucessor,

não sei se na próxima semana   ou daqui a dois ou três meses.

Para ter uma base alargada   para esta presidência belga,

dada a situação constitucional   do governo federal,

das regiões e comunidades,   também com voto...

Decidi, desde Janeiro, preparar-me   para esta presidência belga conjunta

Ficou claro que quase   90% dos novos deputados,

dos partidos dos governos   regionais e comunitários,

90% apoiam o programa   da presidência belga.

Isso ficará claro   dentro de semanas ou meses,

Mas o governo belga apoiará o plano,   o conteúdo é que importa.

Não são os ministros que importam,   mas a administração?

Não, os ministros são importantes,   mas estão ligados a este programa,

que debatemos   e pensámos exaustivamente.

Eles implementarão este programa,   o que garantirá continuidade.

Este programa é relevante para   a situação actual da UE e do mundo.

Não tentámos impor questões   específicas da Bélgica.

e a agenda   para os próximos seis meses.

Primeiro,   há questões sócio-económicas.

Uma questão urgente   é a supervisão financeira,

a qual será outra vez alvo de atenção   em Setembro, o problema ainda existe.

Que pode fazer melhor   do que a presidência espanhola?

Não se trata de melhorar   o que Espanha fez.

Todos os passos dados   pela presidência espanhola foram úteis.

O voto do Parlamento   para alteração da proposta

que está sobre a mesa   é muito importante.

Esse voto permite-nos manter   o diálogo aberto com o Parlamento.

O ministro belga das Finanças terá   conversações com os partidos políticos,

o que levará   à afinação da proposta.

Tive em conta a vontade do Parlamento   em apoiar o processo europeu,

Com ajustamentos,   é possível chegarmos a um consenso.

E com o apoio do ECOFIN, o acordo   pode estar concluído dentro de semanas.

Há outras questões,   está tudo numa página. Tenho-a aqui.

Questões sociais, o ambiente, liberdade,   segurança, justiça e acção externa.

A acção externa   é muito importante.

Um dos elementos mais importantes   do novo Tratado de Lisboa

é o fortalecer a capacidade   de acção europeia a nível global,

exigível a nível económico,   em negociações comerciais.

Além disso, em Copenhaga,   a Europa não esteve visível

nos momentos cruciais   de tomada de decisões.

É importante criar o Serviço   de Acção Externa de Catherine Ashton

e substituir os diplomatas nacionais   por diplomatas europeus.

É urgente termos maior presença   em questões nevrálgicas a nível mundial,

como no Médio Oriente e noutras zonas   do mundo em que existem conflitos.

Há também que garantir que gerimos   correctamente o alargamento da UE,

com novos países a baterem-nos à porta,   como os Balcãs, a Turquia e a Islândia.

em que estado está a sua candidatura.   -Qual é o próximo país a entrar?

É claro que a candidatura   da Croácia é a mais completa,

concluir o processo   até ao final da presidência,

mas queremos   fazer avançar estas candidaturas.

Há também que garantir   que a UE se mantém credível,

não podemos deixar entrar pessoas   à vontade, sem reflexão.

Os critérios devem ser cumpridos   e há que discutir a questão

antes de sabermos se pode acontecer   durante esta presidência ou não.

Última pergunta.   Esta presidência ajudará a Bélgica

Será um motor para ajudar   a formar governo mais depressa

Acho que a presidência europeia   rotativa tem um papel federativo.

É um projecto conjunto que envolve   quase todos os partidos belgas,

mas não creio que venha a ter grande   influência no formar de um governo.

Obrigado, Yves Leterme, e boa sorte.   -Obrigado.