Consequências do fecho do espaço aéreo da UE na agenda parlamentar dominam esta edição do Jornal, com uma reportagem sobre os direitos dos passageiros aéreos e entrevista com o eurodeputado neerlandês sobre as medidas tomadas pelas autoridades europeias.

Jornal europarltv: Abertura do espaço aéreo da UE - Votações adiadas no PE - Entrevista com Peter van Dalen

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cinzas vulcânicas   chegam à política europeia

e impedem 300 eurodeputados   de estar presentes no plenário.

O debate continua:   resposta à crise aérea

e programa legislativo   da Comissão para 2010.

Mas não haverá votações, já que   alguns países não estão representados.

Bem-vindo a esta edição   do Jornal europarltv,

viveram as frustrações   de milhares de europeus

Começamos com uma reportagem   de Arnaud Demolder e Joanna Gill

sobre a resposta das autoridades   e as reacções ao fecho do espaço aéreo.

Cinzas dão lugar a voos   nos céus da Europa

mas os números não mentem:   6,8 milhões de passageiros em terra,

com custos de 150 milhões de euros   por dia para a indústria.

O comissário Siim Kallas   apresentou os resultados

da reunião com os ministros   dos Transportes ao PE.

Começou às 8 da manhã,   através da Eurocontrol,

e há três tipos de zona   incluídas nesta decisão,

Sob a direcção da Eurocontrol,   responsável pela segurança aérea na UE,

cinco dias depois   os aviões puderam começar a descolar.

Alguma companhias   questionam a dureza das medidas.

Esta eurodeputada   dá prioridade à segurança.

Criticamos a precaução   quando há vidas humanas em jogo.

Mas é pena que a UE   não tenha poderes nesta área.

No plenário, olhou-se para o futuro   com os olhos postos no passado.

O "céu único europeu"   é um projecto com décadas

e procura harmonizar a regulação   e a gestão do espaço aéreo europeu.

Falamos do céu único europeu   há 20 anos.

Claro que ele   não teria evitado a erupção

mas teria possibilitado   estarmos melhor preparados.

As companhias aéreas, face   às dificuldades, procuram ajuda da UE.

propondo uma comunicação   e coordenação mais adequadas.

Precisamos de mais apoio, mais   oportunidades, não aos encerramentos,

e depois veremos de que tipo   de apoio as companhias necessitam.

Agora, há que dar às pessoas   a possibilidade de viajar.

alivia a pressão sobre   passageiros e companhias

mas o debate prova que soluções   de longo prazo ainda estão longe.

O convidado de hoje   é Peter van Dalen,

neerlandês do CRE   e membro da Comissão dos Transportes.

Entrevistei-o para saber   se as autoridades aéreas europeias

geriram bem esta questão   das cinzas vulcânicas até ao momento.

Não muito bem, houve falta   de coordenação entre Estados

no encerramento do espaço aéreo e os   passageiros não foram bem informados,

tiveram de esperar muito tempo   até serem informados.

Houve Estados   a tomar decisões diferentes

Não exactamente.   Há um centro coordenador na Europa -

a Eurocontrol - e é ele que aconselha   os Estados sobre o que fazer.

Optaram por fechar   todo o espaço aéreo europeu.

Foi uma medida demasiado   dura e desnecessária.

é que a Europa pode   vir a "fechar" no futuro.

Há um grupo de trabalho   liderado pelo comissário Kallas.

comparar fotografias de satélite   com os resultados de voos de teste.

podemos decidir que zonas do espaço   aéreo fechamos ou deixamos abertas

para certos corredores e sob certas   condições, tal como a luz do dia.

Que impacto é que esta questão   terá na agenda legislativa europeia?

Deveríamos ter tido   votações no Parlamento

e tivemos de as adiar   por duas semanas.

É a questão mais difícil que enfrentamos,   o adiamento das votações.

Mas há 300 eurodeputados ausentes,   surpreende que não haja consequências.

Espero que uma consequência   seja deixarmos de vir a Estrasburgo

e que fiquemos   o tempo todo em Bruxelas.

Quando as coisas acalmarem, a que   tipo de compensação temos direito?

Quem viaja com frequência   já terá visto cartazes nos aeroportos

Mas ninguém previa   perturbações deste nível.

A reportagem sobre a questão   é de Margherita Sforza.

Aos poucos, o aeroporto   Charles de Gaulle voltou ao normal

depois de cinco dias   sem aviões nos céus.

Este turista americano viajou   de Gotemburgo até Paris de carro.

Quando cheguei, o espaço aéreo   estava fechado e tive de ficar à espera.

Era para ter ido para Toulouse   na noite passada de autocarro.

Cancelaram esse voo também.   Mas já tenho bilhete para Los Angeles.

Alguns aeroportos continuaram fechados,   como o de Londres.

A British Airways   cancelou os seus voos

por receio da intensidade   da nuvem de cinzas da Islândia.

Os passageiros em terra podem esperar   e fazer valer os seus direitos,

nomeadamente   o de ter o regresso garantido.

Os passageiros querem regressar   o mais depressa possível.

Há que ter outros meios de transporte,   por exemplo as vias marítimas.

E se não for possível,   devem reembolsar-se os passageiros.

As companhias têm a obrigação de   propor soluções de viagem alternativas.