Apetece-lhe um bife clonado? O Blink investiga como e porquê os animais são clonados e pergunta aos peritos se sabem realmente o que está nos nossos pratos.

De A a Z: C de Clonagem

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/15550583/J002-0081-PT.srt

A clonagem permite-nos copiar um ser  vivo a partir de uma das suas células.

Visa melhorar a qualidade  dos animais usados para reprodução.

6 em cada 10 europeus não comeria  comida proveniente de clones.

Estão a reproduzir animais,  não humanos ou robôs.

Vamos investigar,  desde os clones até ao prato.

Em teoria, para criar um vitelo,  um touro deve fecundar uma vaca.

A Marguerite, por exemplo,  foi concebida no INRA,

o Instituto Nacional Francês  de Investigação Agrícola.

Foi nesta máquina, no mundo  das coisas pequenas. Eu mostro-vos.

Peguemos em duas vacas:  a Burger e a Cheese.

Para clonar a Burger,  uma vaca com qualidades especiais,

há que recolher todas as informações  que a caracterizam,

que estão nos genes,  no núcleo das células.

Também é precisa uma célula  reprodutora, um óvulo da Cheese.

Retira-se o núcleo  do óvulo da Cheese

e este é fundido  com a célula da Burger

A nova célula começa a dividir-se  sozinha, agora é um embrião.

É colocado na Cheese quando  estiver suficientemente desenvolvido.

Meses depois nasce um vitelo,  a Burger II e não Cheese Burger.

Na UE, menos de 10 laboratórios  fazem clonagem de animais de quinta.

A indústria alimentar  interessa-se pela investigação

que permitirá escolher  os animais com melhores genes,

os que produzem mais leite  ou carne de alta qualidade.

Estes poderiam ser copiados  para gerar melhor gado.

A ideia é criar pais clones exemplares,  como a nossa Burger II,

que apenas se reproduziriam  com animais não clonados.

Não há forma  de comermos animais clonados.

As gerações futuras  estarão aptas para o consumo.

Mas como distinguimos  um clone de um original?

As quantidades de proteínas  e gorduras são as mesmas.

A qualidade da matéria gorda  é a mesma,

logo não há diferenças,  em termos de qualidade do produto.

Assim, os EUA autorizaram  o consumo de animais clonados.

A Agência Americana de Segurança  Alimentar crê não haver riscos.

Alto! Não podem clonar-me!  Não sou um animal.

Já os europeus  parecem mais cautelosos.

Não é prejudicial,  não vale a pena banir

ou dizer que causará problemas  para o consumidor, não é o caso.

Na UE não se recomenda comer comida  clonada, mas também não se proíbe.

Para o Parlamento, os produtos  devem ser rastreáveis e bem rotulados,

para que a opção de comê-los ou não  seja nossa, mas não é assim tão simples.

Os animais clonados não deverão  acabar no talho, mas as suas crias sim.

Na prática, é possível identificar  clones e até a sua descendência.

Em teoria, é possível  identificar até à quarta geração,

mas na prática é mais difícil,  logo é melhor esquecermos isso.

mas importa milhares de toneladas  de carne dos EUA, Canadá e Argentina,

países sem rastreabilidade  das crias dos animais clonados.

Lembrem-se: clonar humanos  é estritamente proibido.