Qual o rumo a seguir no combate às alterações climáticas? Giovanni La Via, Presidente da comissão do Ambiente, fala do rumo que o PE traça para o futuro.

Metas de CO2: alcançar o equilíbrio certo

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Quais as estratégias a adotar pelo PE  no combate às alterações climáticas

na preparação da conferência global  sobre clima, em Paris, em 2015?

Seguirá a linha dos governos  de eliminar metas obrigatórias

e dar aos países mais liberdade  para escolherem melhores soluções?

Ou traçará metas mais ambiciosas  contra as emissões de CO2?

Falámos com Giovanni La Via, no  Presidente da comissão do Ambiente.

Sentimos que as políticas da UE  não estão à altura dos desafios,

com programas como a PAC  e apoio às infraestruturas.

Quando teremos uma política  coerente à altura dos desafios?

Concorda com este representante  do mundo ambientalista?

De todo, as políticas da UE  alcançam os seus objetivos.

Estamos no bom caminho para reduzir  as emissões em 20% até 2020.

Gostaríamos de ter  mais energias renováveis

e o crescimento foi mais baixo  do que o esperado em certos países,

o que não significa  que não seguimos o rumo certo.

Progredimos todos os anos  e seguimos o rumo certo.

Este ano prepara a conferência  de Paris, para o final de 2015.

Não deve a UE enviar um sinal  aos países que não querem ouvir,

Em julho, a CE definiu metas  ambiciosas até 2050.

de redução de 40% nas emissões  de CO2 e de 30% para as renováveis.

40% de poupança energética,  são metas elevadas.

Colaboramos com Ban Ki-moon,  Secretário-Geral da ONU,

para desenvolver  uma ampla cooperação.

Precisamos que países  recém-industrializados,

grandes potências industrializadas,  como a China e a Índia,

tenham um papel ativo no processo  de redução de emissões.

dá aos países maior liberdade  sobre a forma de alcançar as metas,

Não há o risco de que os países  mais afetados pela crise

O risco existe. Quando  não havia metas vinculativas,

demos aos Estados-Membros  orientações, de certa forma seguidas.

os Estados-Membros  nem sempre as conseguiam cumprir.

Fundamental  é mantermo-nos no rumo certo,

há que fazer algo em relação às  emissões e ao consumo energético,

pois sabemos que os recursos  esgotarão no próximo século.

Mas PE e Conselho deve estar  de acordo na nossa legislatura

e os Estados-Membros  opõem-se a metas vinculativas.

Acreditamos, em França,  que devemos evitar

novos aumentos  dos custos para as empresas,

as principais áreas de trabalho  da Europa neste domínio.

"Já pagamos muitos impostos  e temos problemas de crescimento.

Não podemos fazer  mais investimentos verdes."

Não podemos considerar  aumentar custos para a indústria

sem garantir-lhe a  competitividade de que necessita

Os custos energéticos são  muito elevados na UE, claramente,

e limitam a nossa capacidade  de competir em alguns setores.

Há que alterar o portfólio energético  e criar tarifas energéticas controladas.

A UE avança para as renováveis,  onde se inclui a energia nuclear.

As opções relativas ao nuclear  variam de país para país,

como parte de um grande projeto  de investigação internacional,

o ITER, pois pode resolver  os nossos problemas.

A última questão  vem também da indústria,

mas é um exemplo positiva,  da chocolateira Mars,

que reduziu os custos energéticos  investindo na energia verde.

à estação de inceneração  de lixo doméstico, perto da fábrica,

conseguindo assim conciliar  o desenvolvimento económico,

o aumentar do volume de produção  e a redução do impacto ambiental,

pois a nossa emissão  de gases com efeito de estufa

reduziu em 60%,  graças a este investimento.

Todos as empresas devem visar,  no seu processo de produção,

usar energias renováveis  sempre que possível

Todo o sistema de produção  energética em centrais pequenas

pode ser fundamental para reduzir  os custos das empresas.

Agradeço-lhe a entrevista.  -Eu é que agradeço.