Após fugirem das garras do Estado Islâmico, Nadia Murad e Lamiya Aji-Bashar tornaram-se símbolos da luta dos iazidis. Um comovente retrato das duas laureadas com o Prémio Sakharov de 2016 de Liberdade de Pensamento.

Prémio Sakharov de 2016: Duas mulheres iazidis contam ao mundo a sua história

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Lamiya Aji Bashar está a tentar regressar a uma vida normal. 

e 6 meses após fugir das garras do Estado Islâmico, 

para se certificarem de que nunca fico triste.

Dizem piadas, fazem coisas engraçadas para garantirem que estou sempre feliz.

Faz-me bem e tenho de agradecer às minhas irmãs por isso.

 É um conforto para Lamiya e devolveu o sorriso ao seu rosto.##@#

Entretanto, Nadia Murad tem viajado por todo o mundo para contar a sua história.

Com apenas 23 anos de idade, perdeu os seis irmãos e a mãe no conflito.

A Nadia está também a viver na Alemanha. 

Tem-se dedicado a conseguir que o massacre da minoria iazidi, no Iraque,

Não voltaremos a ter uma vida enquanto o EI existir.

Com esta situação, não teremos uma vida. 

Tanto Nadia Murad como Lamiya Aji-Bashar vêm da aldeia de Kocho,

a sua aldeia foi atacada pelo Estado Islâmico. 

As mulheres foram forçadas a converterem-se ao Islamismo

Um massacre que motivou a fuga de dezenas de milhar de iazidis iraquianos.##@#

Lamiya passou 20 meses nas garras do Estado Islâmico. 

Foi ao fugir dos seus torturadores que foi atingida por uma mina terrestre, 

ficando com o rosto gravemente queimado.##@#

E o irmão mais novo ficou para trás, no Iraque,

após ter sido comprado ao Estado Islâmico por um tio.##@#

Gostaria muito de explicar o que me aconteceu lá, 

não só por mim, mas para que outras pessoas,

as outras mulheres, não sejam tratadas assim;

para que nós, iazidis, nunca tenhamos de passar novamente por algo assim.##@#

Contar a sua história para que não se repita

Foi graças a um vizinho que conseguiu escapar.

Nomeada como embaixadora especial da ONU pelas vítimas de tráfico humano, 

Nadia tornou-se num rosto de destaque da comunidade iazidi. 

Sei também que o Estado Islâmico ainda está atrás de nós, a tentar exterminar-nos.

Penso nisto e é isto que me dá a força,

Pela sua coragem e pela luta que travam pela comunidade iazidi,

Lamiya e Nadia receberam o Prémio Sakharov de Liberdade de Pensamento 

3000 mulheres iazidis ainda são prisioneiras 