O recém-eleito presidente da comissão de inquérito aos Panamá Papers fala à EPTV sobre a nova missão do PE.

“Queremos resultados para os cidadãos”

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/11508169/n003-0413-pt.srt

O PE aprovou em junho a comissão  de inquérito aos Panamá Papers.

A 10 de junho,  os 65 membros da comissão

elegeram Werner Langen  para a presidência da comissão.

Têm agora um ano para analisar  alegadas violações à lei comunitária:

Sedes fictícias, elisão e evasão  fiscais e branqueamento de capitais.

Se a comissão de inquérito  tem de facto poder suficiente

para criar as leis rígidas necessárias  cabe ainda aos MPE provar.

Werner Langen,  é o recém-eleito presidente

da nova comissão de inquérito  aos Panamá Papers.

Creio que justiça fiscal  e concorrência fiscal justa

são elementos fulcrais do Mercado  Único e de um sistema global.

Se tivermos em conta  o referendo no Reino Unido,

com as zonas rurais  em oposição às elites financeiras

de Londres e arredores,  podemos dizer que alcançar justiça

é um problema social.  Quero ver clarificação nesta matéria

deixar sugestões sobre  o que correu mal nas últimas décadas

Queremos fazer pressão sobre  as instituições e Estados-Membros

Há várias questões, como o recurso  a empresas de apartado postal

e a métodos de elisão fiscal,  outra questão é se as leis

de dado Estado-Membro  bloqueiam a concorrência.

A Europa tem muito  a fazer nesta matéria.

A terceira questão é como obtermos  mais justiça, de forma geral.

Após a TAX I, a TAX II e o LuxLeaks,  parece que o PE teve tempo

Permita-me citá-lo: "Cabe aos  legisladores europeus e alemães,

"absterem-se de adiar a necessária  introdução de leis mais rígidas

e de sancionar mais severamente  a corrupção e a evasão fiscal."

Não o disse dessa forma,  é uma interpretação sua.

Retirei a citação  da sua página na CDU.

Muito bem,  mas não o disse dessa forma.

Trata-se de desenvolver abordagens  positivas com base nos impostos,

obter acesso transparente  a documentos,

ter em conta recomendações  vinculativas, ou não, da OCDE

e aplicar regras uniformes  em todo o mundo,

do alterar o princípio da unanimidade  dos países em várias áreas,

como em matéria fiscal, onde todos  os países invocam a autonomia fiscal,

quando isso conduz  a concorrência fiscal desleal.

Comparando com os EUA ou com a  Alemanha, que possibilidades restam?

Nos EUA, os delegados facilmente  intimam Tim Cook da Apple.

Dizem querer falar com os  mais importantes gestores da Banca

e essa vontade é atendida.  Farão o mesmo?

Tentaremos fazê-lo,  não há base legal para isso,

mas queremos ter um papel no  desenvolvimento do direito a investigar.

Em segundo lugar, a Alemanha  pune falsas declarações penalmente,

214 mil empresas "offshore",  o que dá 11 milhões de documentos.

Na primeira sessão oficial, no fim  de setembro, ouviremos jornalistas,

e também os denunciadores,  se possível.

Em relação aos denunciadores,  como Antoine Deltour, por exemplo,

o denunciador  que tornou o LuxLeaks possível:

Se pensarmos na ajuda  que receberam, nenhuma,

o que pensa fazer?  -Será uma matéria a debater.

Acho lamentável que tivesse  de ser presente a julgamento.

Debateremos uma declaração sobre  como lidar com esta matéria, de futuro.

Em todo o caso, tal não nos impedirá  de obter a informação necessária.

Werner Langen, obrigado e boa sorte.  -Obrigado.