Um resumo da história do Euro desde o Tratado de Maastricht em 1992 à actual crise económica e financeira.

História: O Euro

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/15549836/V001-0012-PT.srt

Notas de Euro. Cidadãos de 12 países  tiveram-nas a 1 de Janeiro de 2002,

mas foram precisos 10 anos  de negociações para chegarem às ATM.

Ministros de Negócios Estrangeiros  e das Finanças de 12 países da CEE

assinaram o Tratado  da União Europeia em Maastricht,

que antecipou  a união económica e monetária.

Jean-Claude Juncker,  Ministro luxemburguês das Finanças,

é o último signatário  ainda em funções.

Agora presidente do Eurogrupo,  orgulha-se ainda deste Tratado.

Senti que nos preparávamos  para fazer grandes coisas.

Tinha reservas face ao aspecto de  união política do Tratado de Maastricht,

mas a parte económica e monetária,  a parte UEM,

A economia geral do texto deu-me  a sensação, após duras negociações,

de que caminhávamos  para novos horizontes.

mas o catalisador da moeda única  foi a reunificação alemã.

Os americanos, como nós e a maioria  dos europeus, não acreditavam.

Quase toda  a opinião pública europeia

achava-nos incapazes de ter sucesso  neste enorme desafio.

A moeda única é real, mas  nem todos podem aderir à Zona Euro.

Há que cumprir critérios apertados,  baseados em indicadores económicos,

incluindo estabilidade de preços,  ou seja, o controlo da inflação,

um défice público  inferior a 3% do PIB

e uma dívida pública  inferior a 60% do PIB.

Além disso, a moeda nacional deve  ser estável no mínimo por dois anos.

Em 2007, a Lituânia  não cumpriu estes critérios

Creio que a Grécia  utilizava estatísticas,

que não tinham,  digamos assim, base científica.

Era necessário desenhar e tornar  seguras as novas notas e moedas.

Yves-Thibault de Silguy,  Comissário europeu entre 1995 e 1999,

ficou encarregue  de preparar a mudança para o Euro.

Primeiro, por fazer lembrar o dólar,  com as duas barras.

Fazia também lembrar  o símbolo do Iene.

Abdicar das moedas nacionais  não foi tarefa fácil.

Os britânicos  recusaram o Euro desde o início.

Dinamarca e Suécia recusaram-no  várias vezes em referendo.

Quando os alemães  abriram mão do Marco,

insistiram na independência  do Banco Central Europeu,

cuja principal função é manter  a estabilidade de preços na Zona Euro.

relembra os comentários  de Jacques Delors, outro pai do Euro.

A união económica e monetária,  a estrutura para introduzir o Euro,

era desequilibrada.  Por um lado, a política monetária

será federal e integrada,  nas mãos do BCE,

por outro lado, o pilar económico  desta união económica e monetária

continuará a basear-se largamente  nas políticas dos Estados-Membros,

que devem ser coordenadas.  Coordenação bastante fraca, no final.

10 anos após a sua criação, a Zona Euro  viu uma crise sem precedentes:

Crise económica  e crise da dívida soberana.

Para Yves-Thibault de Silguy, o Euro  ajudou a evitar uma crise ainda pior.

Sem o Euro,  haveria especulação sobre as moedas,

logo teríamos  desvalorizações competitivas.

Teríamos tido  grandes subidas nas taxas de juro,

logo teríamos uma crise económica com  menos crescimento e mais desemprego.

A crise era de sobrevivência para o  Presidente do Conselho, no fim de 2010.

Não. O Euro sobreviverá  àqueles que prevêem a sua morte.