Depois do 'sim' dado pela Comissão Europeia à cultura de batatas transgénicas, o debate sobre os OGM regressa à UE. Deverá a União Europeia legislar sobre a matéria ou antes dar aos Estados poder para tomarem as suas próprias decisões?

Debate OGM volta à cena política

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/14889432/N001-100406-002-PT.srt

Em breve esta batata   poderá ser transgénica,

na sequência da decisão   da Comissão Europeia

de autorizar a produção   da batata Amflora na UE.

Os OGM voltam a estar   na ordem do dia.

Agricultores espanhóis   e ambientalistas

reabriram o debate   no Parlamento Europeu

ao denunciar a contaminação dos   seus campos por culturas OGM vizinhas.

A situação dos OGM   em Espanha é insustentável.

Este caso prova   que a coexistência é impossível.

Isto faz-se sem regras   sobre a contaminação

Espanha, com 80 mil hectares   de culturas de milho OGM,

que representam 20%   do milho produzido,

é o principal produtor   europeu de OGM,

uma área em constante desenvolvimento   e com padrões que se alteram.

Talvez tenhamos um problema   mas ambos os lados estão a exagerar.

Precisamos de normas jurídicas   que até aqui eram do foro da UE.

Agora, a UE quer delegar poder   nos Estados. Temos de acompanhar isto.

Precisamos de transparência   e supervisão mas não há que exagerar.

A Comissão anunciou   uma nova proposta sobre OGM,

A ideia é cada país   ter poder para decidir

se quer ou não autorizar   a cultura de OGM.

Os produtos viajam   de um país para outro

e os camiões levam a poluição.   Não é uma boa solução.

E pode ter culturas de OGM   que estejam nas fronteiras dos países

e um país contaminará outro.   Precisamos de uma lei europeia.

80% dos europeus não querem OGM   à venda nos supermercados.

e parece que esta "batata quente"   política dará pano para mangas.