Comentadores online juntam-se ao nosso painel em Bruxelas, Moscovo e Kiev, num debate apaixonado sobre a origem do conflito, sanções e potenciais soluções de longo prazo.

Crise na Ucrânia: A troca de acusações impedirá um cessar-fogo duradouro?

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/11853856/d006-0010-pt.srt

Bem-vindos a este Hangout  da EuroparlTV, comigo, Paul Anderson,

sobre o conflito na Ucrânia,  nas traseiras da UE.

Houve, desde abril,  entre 2500 e 3000 mortes.

O cessar-fogo anunciado  na sexta-feira ainda dura,

mas por pouco, segundo  enviados da OSCE no terreno.

Pode evitar-se ainda  nova ronda de sanções europeias

sobre interesses petrolíferos  e financeiros russos.

Tenho comigo dois MPE de países  vizinhos da Ucrânia e da Rússia.

Da Eslováquia,  o Socialista Boris Zala

Teremos também em linha,  esperamos nós,

de Kiev, Alexander Scherba,  embaixador dos Negócios Estrangeiros

e membro do conselho de guerra  do seu ministério.

Há pouco tempo,  falei ao telefone com Andrei Klimov,

membro do Senado russo,  do Conselho da Federação.

É do partido Rússia Unida,  que apoia Putin,

e durante a transmissão ouviremos  as suas respostas gravadas.

Agradecemos comentários da Europa,  da Rússia, da Ucrânia, de onde for,

Já temos uma espécie de cessar-fogo,  e agora?

Comecemos pela análise  de cada um dos convidados,

daremos a volta à mesa  e passamos depois a Kiev,

a informação mais recente  é a da retirada dos soldados russos

A informação vem do Sr. Poroshenko,  julgo então ser válida.

Se assim é, e agora?  O que virá depois?

A questão fundamental será  o estatuto de Donetsk e de Luhansk,

é a questão mais importante  e julgo que gerará disputas.

Abordá-la-emos ao analisar  uma potencial futura Ucrânia federal.

Peço agora a Yana Toom  a sua perspetiva.

A situação já não é tão má  como há semanas.

Interessa-nos bastante que  haja soluções pacíficas na Ucrânia

e a estabilidade mundial,  em especial nas fronteiras da UE.

Espero que este cessar-fogo  seja realmente proveitoso

e que consigamos alcançar  soluções pacíficas para a Ucrânia.

mas que não estão habilitados  para o serviço no exército russo.

O motivo dos contratempos militares  das últimas semanas, para a Ucrânia,

é exatamente  a presença das tropas russas.

Não se duvide de que há soldados  russos em território ucraniano.

Vimo-lo na Crimeia,  invadida por soldados russos,

Por outro lado,  será algo ridículo dizer

que alguns soldados podiam  ter semanas ou meses de férias

do serviço militar  e que foram para a Ucrânia.

Vejamos a resposta de Andrei Klimov  ao colocarmos-lhe a questão

sobre a presença de tropas russas  em solo ucraniano.

As pessoas  que estão ainda no território

não são soldados  ou funcionários nossos,

Podemos argumentar  e deixar recomendações,

entre quem gritava palavras de ordem  contra Yanukovych.

A situação é muito mais terrível  e complicada

do que é explicada  por alguma imprensa,

mas podemos fazer muito,  e gostaríamos de fazê-lo,

para travar o conflito,  pois está perto das nossas fronteiras.

O que acha, Yana Toom, sendo  de um país nas fronteiras da Rússia?

ao pensar num conflito com apenas  duas partes, a Ucrânia e a Rússia.

Ignoramos a grande população  da região da bacia do Donets:

São, por um lado,  todos cidadãos da Ucrânia

e, por outro, muitos são  o que apelidámos de pró-russos.

Lidamos então com um conflito  com três fações

merecem ser participantes nas  negociações do Sr. Poroshenko.

Em qualquer conflito, todas  as partes envolvidas são culpadas

Passemos para  a questão fulcral das sanções.

Yana, até que ponto terão as  sanções posto a Rússia em sentido?

Para mim, sanções económicas não  são eficazes para levar a uma solução.

e é difícil ter um diálogo construtivo  nesses termos.

Parece que podemos ligar a Kiev,  onde temos Alexander Scherba

em linha, julgo que ao telefone,  desde Kiev.

O Sr. Scherba pertence ao ministério  dos Negócios Estrangeiros ucraniano

perguntando o que virá  depois do cessar-fogo,

anunciado na sexta-feira  e que está a durar.

sobre o que querem  que aconteça depois.

Os próximos passos são delineados  num documento de 14 pontos

onde constam  as três prioridades para nós.