Com uma economia em dificuldades e numa profunda crise humanitária, uma delegação de MPE visita a Ucrânia em apoio aos esforços de reforma e para ajudar as milhares de pessoas que fogem das zonas de conflito.

Ucrânia: Avançar com reformas no meio do conflito

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/12008933/m006-0007-pt.srt

A guerra já deixou mais  de um milhão de desalojados

e mais de 6 mil mortos  no leste da Ucrânia.

Kiev tenta avançar com o  seu programa de reformas políticas.

Uma delegação de MPE visita o país  para analisar a situação

A família do pequeno Artiom  perdeu tudo,

a casa, a mobília e vivem num  centro de acolhimento de desalojados.

Deixaram a sua cidade devido à guerra  e tudo o que têm está agora aqui,

Veio depois uma milícia  que começou a atacar a cidade

O meu marido estava empregado  e seguiu-me dois dias depois.

Eu estava grávida e o meu filho  nasceu aqui, em Kiev.

Uma delegação do PE  visitou o centro de acolhimento

para conhecer em pessoa  a situação dos deslocados.

com áreas comuns,  como a cozinha e os lavabos,

bem como quartos  para as várias famílias.

Bom dia, sou Andrej Plenkovic.  -Bom dia.

A UE doou, até agora,  95 milhões de euros

para ajudar a Ucrânia numa  crise humanitária imprevisível.

Ao falar-lhes, percebemos  terem sido decisões súbitas,

tomadas numa crise específica  e num contexto traumático.

Vemos agora que, graças  à solidariedade dos ucranianos,

conseguem agora encontrar portos  de abrigo pacíficos, por assim dizer,

em Kiev, onde tentam ter condições  de vida para si e para os filhos.

Bruxelas distribui auxílio através  de organizações humanitárias.

São necessários medicamentos,  alimentos e vestuário

e as provisões do governo  ucraniano são insuficientes.

A solidariedade  dos cidadãos tornou-se fundamental.

Por esta janela, cidadãos  anónimos trazem mantimentos,

que os voluntários  classificam e distribuem.

Quem aqui trabalha sabe  que a crise está longe de terminar.

Começou há já um ano  e as prioridades vão mudando:

e alojamento permanente  para os deslocados.

Percebemos que dar roupa,  sapatos, comida ou água

Continuam os treinos militares  nos arredores de Kiev.

Muito julgam importante  que a Ucrânia esteja preparada,

poi os separatistas aproveitam  as tréguas assinadas em fevereiro,

O conflito fez já  mais de 6 mil mortos

e, para muitos, é já demasiado tarde  para uma negociação.

A UE não quer ter  uma guerra à sua porta

e, logicamente, só contemplam  soluções políticas para o conflito.

Protegem os seus interesses  e não posso culpar a UE por isso,

pois se tivessem de proteger  o seu território de um ataque,

Bruxelas aprovou 1,8 mil milhões  de euros de apoio macrofinanceiro,

o maior montante  já alocado a um país-terceiro.

Os MPE reuniram em Kiev  com vários agentes políticos

as reformas políticas e económicas  que a Europa lhe pede

A guerra no leste não é desculpa  para não executar mudanças

Fazemos os possíveis para acelerar  o processo das reformas,

mas os oligarcas têm ainda influência  nas decisões governamentais

e atrasam decisões cruciais  que devem ser tomadas.

Sabemos também que o tempo  é uma arma contra nós.

Kiev tem trabalho pela frente, caso  queira seguir o rumo para a Europa.

Um ano após Maidan, a  situação na Ucrânia continua instável.

Há ameaça de guerra no leste,  a economia está em dificuldades

O centro de Kiev  cobre-se de pequenos altares

nos locais onde tombaram ativistas  no trágico dia dos franco-atiradores.

Quem os visita recorda bem  os seus objetivos:

Pôr fim à corrupção  e construir um Estado de Direito.

A delegação de MPE,  que visitou o local,

afirma que não abandonará  a Ucrânia.

Julgo haver vontade política  da liderança ucraniana,

após duas vitórias eleitorais,  no ano passado,

de criar uma coligação forte e estável,  logo, no contexto difícil de guerra,

em que a Ucrânia é claramente  vítima de uma agressão da Rússia,

A delegação quis prestar tributo  os heróis de Maidan

que lutaram para dar à Ucrânia  um futuro mais europeu.