A Europa força os países a apertarem os cintos do orçamento, mas os cidadãos comuns terão alguma palavra a dizer?

Jornal Europarltv: Bruxelas, o cão de guarda do orçamento?

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/15737179/n001-111110-001-pt_mf.srt

Enquanto a crise da dívida  agita Grécia e Itália

e expõe os pontos fracos  das políticas orçamentais da Europa,

a Comissão da UE  faz o papel de cão de guarda.

Uma nova ferramenta para apertar os  cintos económicos é o Semestre Europeu.

Este roteiro coordena a forma como os  países elaboram os seus orçamentos.

Bruxelas tem a função de supervisionar  e pode sancionar os não cumpridores.

É importante aperfeiçoar esta ferramenta  que é um elemento-chave para uma melhor

coordenação das políticas económicas e  financeiras dos membros da Zona Euro.

O processo inicia com um inquérito  sobre o crescimento da Comissão.

Com base nisso, os governos nacionais  identificam os desafios económicos

e apresentam estratégias orçamentais  em Bruxelas.

Em Julho, a Comissão e o Conselho  orientam os países,

especialmente se os seus planos  não forem realistas.

Em seguida, todos os parlamentos  nacionais adotam os seus orçamentos.

No início do próximo ano, a CE e o  Conselho avaliam a implementação

dos planos e se devem ou não  dar o sinal de alarme.

Mas com as pessoas nas ruas,  especialmente na Grécia,

o PE, único órgão eleito  na Europa, preocupa-se

com as decisões tomadas  à porta fechada.

A estratégia de política económica  não pode apenas ser determinada

A melhor forma de um orçamento funcionar

ainda é ser objeto de debate  e receber legitimidade democrática.

Agora, os parlamentos têm de provar  que aprenderam as lições da crise.

enquanto o PE apenas pode esperar  ser-lhe concedido o mesmo direito.