Regulamentos cada vez mais rígido reduziram a ameaça de derramamento químico e melhoraram o planeamento de emergência. Fazemos uma retrospetiva dos acontecimentos que os moldaram, tais como o desastre de Seveso.

Flashback: A ameaça do derramamento tóxico

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/16059069/v004-0017-pt_mf.srt

Quão protegidos estamos  de um derramamento tóxico?

O que mudou para os europeus desde  os desastres de Seveso e Ajka?

resultado em parte da Diretiva Seveso  da UE.

Seveso, em honra da aldeia atingida  por um derramamento químico em 1976.

Introduziram-se regulamentos por toda  a Europa e foram sendo mais rígidos.

O derramamento tóxico é o assassino  silencioso que aterrorza comunidades

que vivem  na sombra de fábricas químicas.

Era sábado  e a produção tinha acabado.

Este sobreaquecimento  fez o reator explodir.

Uma nuvem imensa de dioxinas foi  libertada na aldeia italiana de Seveso.

O acidente foi mantido em segredo  durante dez dias

como folhas a cair das árvores,  gado a morrer

e problemas de pele,  sobretudo em crianças.

O ACIDENTE FOI MANTIDO  EM SEGREDO DURANTE DEZ DIAS

ATÉ REPARAREM EM COISAS  ESTRANHAS -Damiano Di SIMINE

Milhares de animais morreram,  mas nenhum humano.

Seis anos depois,  nasceu a Diretiva Seveso I,

apertando o controlo  da produção de químicos.

Os químicos são uma indústria de vários  milhões de euros para empresas da UE.

mas são voláteis, produzidos muitas  vezes em reações a altas temperaturas.

Se a mistura entrar em combustão, a  força explosiva pode atingir 1.000km/h.

Em 2010,  pelo menos nove pessoas morreram

quando uma onda de lama cáustica  rompeu o reservatório

O Presidente, János Áder, então MPE,  falou ao Parlamento na altura.

O que aconteceu na Hungria  é uma tragédia.

Mas se também virmos o que aconteceu  nos últimos dez anos

lembra-nos que os acidentes industriais  podem acontecer em qualquer lado.

No entanto, este desastre chama a  nossa atenção para o facto da União,

e sejamos claros, não ter ferramentas  para lidar com este tipo de situações.

O Sr. Áder iniciou a melhoria da Seveso  e passou a pasta aos colegas

tentando pôr primeiro a segurança  no planeamento industrial.

Normalmente, a Diretiva Seveso  deveria prevenir o acidente

e quantificar as substâncias químicas lá,

Depois têm de ser feitas inspeções.  Houve um debate inteiro sobre isso.

Queríamos pelo menos duas inspeções  por ano a substâncias muito tóxicas.

Mas no centro da Seveso III  estão novas obrigações

para as empresas  que usam ou produzem químicos

de informarem o público sobre planos  de emergência em caso de acidentes.

É muito importante  que limitemos os riscos

e que as pessoas estejam informadas  acerca dos riscos

e, acima de tudo, sobre o que devem  fazer em caso de acidente.

O problema é que as empresas muitas  vezes não querem informar as pessoas.

O PROBLEMA É AS EMPRESAS NÃO  QUEREREM INFORMAR AS PESSOAS

Mas apesar de aumentar o número de  substâncias marcadas como perigosas,

alguns MPEs acreditam  que não vai suficientemente longe.

Queríamos incluir atividades industriais  que não estão incluídas neste momento,

por exemplo perfurações em alto mar  que podem causar grandes danos

Em Itália, estão descontentes com  inspeções de empresas pós-Seveso.

sobre como o sistema de segurança  é gerido.

Fazem-no formalmente. Sentam-se  num escritório e fazem uma auditoria.

No terreno, muitos aplaudem  o apertar dos controlos,

mas dizem haver elos fracos  na cadeia de implementação:

administrações locais sob  pressão comercial de empresas

e a enfrentar grandes cortes  nas despesas,

empresas sob pressão  para apresentarem lucros.

Os riscos nunca desaparecerão  completamente.

que muitas vezes surgem  da relutância das autoridades locais

em informar a população  sobre situações perigosas.