O MPE Gualtieri faz a análise especializada da teia e obstáculos no caminho rumo à união económica da UE e o vencedor do Prémio Lux diz que o Parlamento pode aprender com o seu filme.

União bancária: um grupo de irmãos? - Unidade pelo cinema

https://api.multimedia.europarl.europa.eu/documents/20125/16459474/m004-0100-pt.srt

Olá e bem-vindos à centésima  edição do 7 Dias na Europa,

Há dois anos, na primeira edição,  falámos da crise.

A Troika visitava  a Grécia, Portugal e a Irlanda

para explicar as reformas a executar  para receberem o empréstimo da UE.

Dois anos depois  ainda falamos da crise:

mas criamos soluções duradouras  para a sobrevivência do euro,

como a união bancária e a execução  ordeira de falências bancárias.

É MPE Socialista,  do Partido Democrático

de uma de três Sherpas do PE  que reunirá com os governos

para negociar o futuro  da união económica.

Ninguém melhor haverá  para dizer-nos o que aí vem,

em especial em relação à união  bancária e às falências bancárias.

Antes de passarmos  ao cerne do tema de hoje,

temos um minuto de questões rápidas  e de respostas de sim ou não.

Apoiou um dos candidatos derrotados  nas Primárias do Partido Democrático.

Pode Matteo Renzi vencer a eleição?  -Sim.

Gosta das medidas anticrise da UE?  -Não.

Só equilibra o orçamento com cortes?  -Não.

Há outra forma de resolver a crise?  -Sim.

Mudará a Alemanha de ideias  na Cimeira de Dezembro?

Os países da UE terão de assinar  contratos para cumprir obrigações?

Os contratos são uma boa solução?  -Não.

As medidas de redução  do desemprego são úteis?

Está otimista em relação à Europa?  -Sim, apesar de tudo.

Outro tema sobre  o qual todos anseiam saber mais

é a questão dos contratos bilaterais  em negociação,

com as Sherpas  a terem um papel fulcral,

para forçá-los a respeitar  o calendário das reformas.

e qual será a contrapartida  para aceitarem as obrigações extra?

pois, apesar do Conselho sublinhar  haver acordos em algumas questões,

querem chegar a acordo  em princípios alargados.

É este o compromisso do Conselho  para Dezembro,

entre o Conselho e o PE e as Sherpas,  sobre diferenças de pontos de vista.

Debaterão na reunião de Sherpas.  Como funcionam?

É uma grande mesa,  há Sherpas dos 27 países

em representação dos PM...  28 países, desculpe.

e Sherpas do PE, da CE  e do Banco Central Europeu.

O Sherpa alemão faz muita pressão?  -Bastante.

Então e o Sherpa italiano?  -Faz outros fazerem pressão.

O Sherpa italiano  tenta envolver outros países?

Há solidariedade entre França,  Bélgica, Itália e o PE.

A questão, que contestei  na última reunião,

é que o sistema deve fortalecer  a coordenação de políticas europeias.

Os tratados atuais  não dão mecanismos

para uma política económica  vinculativa definida em Bruxelas,

logo há dois sistemas,  ou de sanções ou de incentivos.

Sancionam-se défices excessivos,  logo só podemos usar incentivos.

O problema  é que alguns países dizem:

"Os incentivos por vezes resultam,  mas não sempre."

Para que serve um mecanismo  de incentivo se não há incentivo?

É como o contrato para italianos.  -O de Berlusconi.

O risco é que, no final, fique algo  sem qualquer valor legal,

mas que pressiona os países mais  instáveis política e economicamente

e arrisca ser fraco com  os países fortes e forte com os fracos.

A Itália esperava receber uma garantia  sobre Eurobonds como recompensa,

mas é claro que o novo  governo alemão não os permitirá.

O que pode a Itália receber em troca  de aceitar as pesadas limitações?

Há que alterar a filosofia  dos contratos.

para abordar grandes desequilíbrios,  como em matéria social, da Zona Euro

e não para lidar com o trabalho  de casa de determinados países.

Devem ser compromissos  com contrapartidas.

O que devem os países receber  em troca da reforma das pensões?

mas o que a UE pede deve  ser mais claramente definido,

não só ao nível dos meios,  mas também dos fins.

como um número definido  de maternidades

ou um teto para recursos  para investigação universitária.

e deve haver um incentivo sério,  a médio e curto prazo,

talvez financeiro, o embrião de um  orçamento suplementar da Zona Euro,

Uma regra de ouro para investimento,  suavizar o Pacto de Estabilidade,

este tipo de troca faria sentido, não  gostamos de como as coisas estão.

Interrompo-o para vermos  a restante atualidade da semana,