O presidente do Parlamento Martin Schulz analisa em pormenor alguns dos principais desafios que a UE enfrenta, e o antigo ministro das finanças da Letónia, o MPE Roberts Zīle, fala de unidades monetárias.

7 Dias: A promessa quebrada da Europa - O euro na Letónia

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o presidente do Parlamento Europeu,  Martin Schulz.

Temos muito que conversar.  Estamos a um ano das próximas eleições.

Mas antes disso, vamos ao habitual  interlúdio Sim ou Não,

em que faço perguntas  a que deve responder sim ou não.

Nas eleições de 2009,  a afluência às urnas caiu para 43%.

Está desapontado por na Croácia  a afluência às urnas ter sido de 21%?

O orçamento da UE restante, o QFP,  é suficiente para ajudar ao crescimento?

A austeridade dos últimos anos  azedou a opinião popular sobre a UE?

A UE errou ao exigir  tanta austeridade?

Há alguma forma  de fazer voltar agora o crescimento,

Ficou surpreendido  com as alegações de espionagem dos EUA,

tendo em mente que tivemos  o Echelon em 2001?

Todos os países avançados  envolvem-se em espionagem?

Houve muita excitação  nas rebeliões nos países árabes.

É um mundo mais seguro do que antes?  -Não.

Muito bem. Acabou o tempo.  Muito obrigado.

Daqui a pouco, vamos ver  a agenda de setembro do PE, mas antes...

Disse estar muito preocupado  com o Egito.

O que estamos a ver lá,  a violência contra os manifestantes...

É o resultado de uma mudança popular  contra Morsi, o presidente,

É difícil de julgar. Sem dúvida que é um  golpe militar. Os militares têm o poder.

que é um protesto,  talvez não apenas contra Morsi.

Há um protesto contra  uma descida das condições de vida

que já eram más  e que estão cada vez pior.

Penso que os cidadãos comuns  estão a protestar

porque não têm água, trabalho,  os filhos não têm futuro.

E isto é para nós, e para  os Estados Unidos da América, um apelo.

foi enviar os nossos ministros dos NE  para o país a reconhecer a revolução

e depois voltaram  às suas respetivas capitais

e, com os ministros  das finanças, cortaram a ajuda.

Se queremos que a revolução  e o desenvolvimento democrático vençam,

temos de apoiar os esforços de reforma  do país.

Como? O que podemos fazer  de diferente? Não é só dinheiro.

Na UE acredita-se que o dinheiro  resolve todos os problemas. Mas não.

Não, mas investir...  Dou-lhe um exemplo.

que o fornecimento de água  para 22 milhões é um desastre.

Não se pode beber a água e os cidadãos  que lá vivem não são como os turistas

que podem comprar  água fresca todos os dias

ou têm água fresca  no hotel ou em qualquer outro lugar.

Há uma diferença entre a nossa visão  como turistas e a realidade da vida lá.

Investir na gestão da água,  melhorar o fornecimento de água,

Morsi podia ter conseguido isso  se lhe tivessem dado mais tempo?

estabilizar o seu próprio poder,  o seu poder individual,

e transformar o país  num país islâmico.

Certo. Falaremos nisso  e noutras coisas em breve.

Mas antes, uma antevisão de questões  do PE em setembro com Caroline Grasso.

Atestar com um novo biocombustível?  A ideia está a espalhar-se na UE.

Produzido a partir de fontes vegetais  como óleo de colza,

polui menos do que os tradicionais,  mas altera o uso da terra.

Competem com as culturas alimentares  e produzem gases de efeito de estufa.

Depois do verão, os MPE vão negociar  com os Estados sobre os biocombustíveis

produzidos a partir de algas  ou de lixo.

os MPE querem forçar os fornecedores  a mais transparência.

Um inquérito sobre  programas de vigilância americanos.

Os MPE da comissão das Liberdades  Cívicas vão continuar o trabalho

na sequência das alegações de escutas  e espionagem pelos Estados Unidos.

Devem apresentar as conclusões  até ao final do ano.

O objetivo é proteger quem  revele essas violações

e emitir recomendações para evitar  casos similares no futuro.

Fim dos níveis de dívida excessivos  para comprar casa.

Será um dos principais dossiers  do primeiro plenário em setembro.

Para os MPE, a especulação  no mercado da habitação

foi muito responsável pelo colapso  do sistema bancário.

O PE pretende aumentar  a transparência na altura do empréstimo.

Um período de reflexão de 14 dias  está também entre as propostas.

Presidente Martin Schulz, faltam quase  12 meses para as eleições europeias.

Quais os maiores desafios para o PE,  mas também para a UE como um todo?

A UE foi uma promessa,  em tempos passados,

de paz, justiça social,  crescimento, trabalho.

Quanto ao crescimento,  mais emprego, melhores salários,

uma vida mais decente para  um número cada vez maior de pessoas,

essa promessa não foi cumprida.  A ideia de Europa é uma promessa

de que a cooperação transfronteiriça  entre países e nações